sexta-feira, 3 de junho de 2011

Reminiscências

Fresta da janela,
luz que invade o escuro
e rasga o vazio.
Véu de noiva do sol.

Riso de criança na
manhã de natal.
O primeiro choro do
bebê aos ouvidos da mãe
de primeira viagem.

Terra molhada no jardim,
cheiro de infância.
Canções que nos fazem
lembrar de alguém.

Coisas simples que revelam
o amor.
Que revelam você.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lembra-se?

Lembra-se dos sonhos e dos
planos que faziamos de mãos
dadas sob a luz da lua?

Lembra-se dos momentos em
que tudo parecia perfeito
e acreditavamos no futuro?

Lembra-se?

Agora levanta-te, dê-me
a mão. Vamos construir o
nosso porvir.

A felicidade não espera os
que vivem de lembranças...

Não me resignarei!

Não me resignarei!
seja meu grito
cotidiano.

Não me acomodarei
com a injustiça do
mundo nem com a
cobiça dos homens.

Prefiro me indignar,
me revoltar!

E quando a luta não
for possível, que eu
possa falar, gritar
a plenos pulmões:

Não me resignarei!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Por que se fecham os olhos?

Se fecham os olhos quando não se
quer ver a maldade.
Se fecham antes do impacto, antes
da dor, antes da morte.

Fecham-se tanto para matar a saudade
quanto para se lembrar de um tempo
bom que não volta mais.

Se fecham os olhos, porque quando
nossos lábios se tocam, nada mais
importa.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Entre os muros

Já nos mandaram o FastFood.
Nos mandaram a calça jeans.
Enviaram também seu cinema
fantasioso e explosivo.

Não nos deixaram sem a Coca
e muito menos a coca.

Já temos nosso próprio avião
nuclear, submarino nuclear
(só se perdeu a família nuclear).

E agora temos nossa própria
Columbine.





Dedicado a todos os professores e alunos que vivem cotidianamente uma guerra invisivel entre os muros da escola e em especial aos pais, familiares, professores
e alunos do Realengo, Rio de Janeiro.

sábado, 26 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Delenga Pasárgada est

Vim-me embora de Pasárgada.
Declarei-me inimigo do rei.
Já tenho a mulher que amo
na cama que conquistei.

Vim-me embora de Pasárgada
pois lá eu não era feliz.
Quero conceber a vontade,
com a mulher que eu sempre quis.

Não preciso dos favores,
de um rei tirano e mandão
Com o meu trabalho honesto,
eu mesmo produzo meu pão.

Trouxe comigo minha amada.
Hoje já não sou mais triste,
Sou feliz por completo.
Pasárgada não mais existe.